A Justiça dos Estados Unidos deu sinal verde para o governo de Donald Trump deportar Mahmoud Khalil, um estudante palestino detido em março. Khalil, que fazia pós-graduação em relações internacionais na Universidade Columbia, foi preso pelo Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) em sua residência estudantil, desencadeando uma onda de debates sobre liberdade de expressão e segurança nacional.
O caso ganhou notoriedade porque Khalil era um dos líderes de manifestações pró-Palestina no campus universitário. Inicialmente, a Columbia ameaçou impedir sua formatura, mas recuou após intervenção judicial. O governo americano justificou a deportação alegando que a participação do estudante em protestos contra Israel representava uma ameaça à segurança nacional.
A defesa de Khalil argumentou que a prisão violava a Constituição dos EUA, alegando que o ICE revogou seu green card sem justificativa válida. Os advogados também ressaltaram que a esposa de Khalil, cidadã americana grávida, havia informado às autoridades que ele era um residente legal. Atualmente, o estudante está detido em uma prisão federal na Louisiana.
O juiz de imigração Jamee E. Comans, ao aprovar a deportação, declarou que a presença de Khalil nos EUA representava “consequências potencialmente graves em termos de política externa”. A decisão reacende o debate sobre o equilíbrio entre a liberdade de expressão e as preocupações de segurança nacional.
Em declarações sobre o caso, o então presidente Donald Trump afirmou que a prisão de Khalil seria a primeira de muitas, reiterando que seu governo não toleraria atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas. O então secretário de Estado, Marco Rubio, chegou a declarar que vistos e green cards de apoiadores do Hamas nos EUA seriam revogados.
Fonte: http://revistaoeste.com
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