O deputado federal Gilvan da Federal (PL-RS) declarou que estuda levar ao Conselho de Ética da Câmara os deputados de esquerda que, segundo ele, estariam promovendo uma perseguição política contra ele. A declaração surge após repercussão negativa de suas falas direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar alega que suas manifestações estão protegidas pela imunidade parlamentar.

Gilvan da Federal reconheceu ter se excedido ao expressar desejo de morte ao presidente Lula, mas argumenta que declarações semelhantes direcionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro são frequentemente minimizadas. Segundo ele, essa disparidade representa um risco para a democracia e o livre exercício do mandato parlamentar. Diante da repercussão, o deputado afirma que pretende recorrer ao Judiciário e seus advogados já preparam a defesa.

“Avalio acionar o Conselho de Ética da Câmara contra os deputados de esquerda que estão promovendo essa perseguição política”, afirmou Gilvan, defendendo que suas declarações foram alvo de “uma distorção proposital”. Ele insiste que seu discurso está amparado por garantias constitucionais, negando qualquer incitação à violência ou ameaça.

O deputado também é alvo da Advocacia-Geral da União (AGU), que encaminhou notícia de fato à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando uma investigação rigorosa. O caso reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar no Congresso Nacional, em meio a discussões sobre casos envolvendo outros deputados, como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB).

Fonte: http://www.revistaoeste.com