Em meio às celebrações da Semana Santa e da Páscoa, somos convidados a uma profunda reflexão sobre a justiça e o poder. A análise parte do julgamento de Cristo, um dos eventos mais marcantes da história da humanidade, para examinar a importância da imparcialidade no exercício da magistratura e os perigos da negação do direito à defesa.
O infame julgamento de Cristo, marcado pela manipulação de evidências e pela pressão sobre Pôncio Pilatos, serve como um ponto de partida para relembrar outros episódios sombrios da história. Regimes totalitários, como os de Josef Stalin na União Soviética e Fidel Castro em Cuba, são lembrados por suas práticas de julgamentos sumários e execuções sem direito à defesa.
A essência de um governo justo reside na garantia do direito à defesa. Ives Gandra Martins, renomado jurista, enfatiza a importância da advocacia e do ensino jurídico como pilares na defesa desse direito fundamental, ressaltando que a imparcialidade judicial é um valor inegociável em qualquer democracia.
“O juiz tem de ser absurdamente imparcial, moderado, justo”, afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, em um evento em homenagem a Ives Gandra Martins. Essa imparcialidade exige que o julgador analise as provas com isenção, sem opiniões preconcebidas, evitando assim a condenação de inocentes e o consequente peso na consciência.
O Domingo de Ramos nos transporta para o momento crucial da condenação de Cristo, um evento que nos convida a refletir sobre nossas próprias falhas e a buscar a reconciliação. Que esta Páscoa seja um tempo de renovação, de correção de nossos erros e de busca por uma vida mais alinhada com os princípios da justiça e da fé. Como disse Ives Gandra Martins, “Não se limitar à Justiça formal, mas, primordialmente, evitar a injustiça. Essa é a essência da missão do magistrado”.
Fonte: http://www.revistaoeste.com
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