A proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro enfrenta forte resistência no Congresso Nacional. Segundo o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), a tramitação da medida está travada pela influência do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cavalcante alega que ministros do STF estariam exercendo pressão direta sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para impedir o avanço da proposta. “O principal entrave é a pressão do Supremo sobre Motta”, declarou o parlamentar.
A declaração do líder do PL surge em meio a investigações da Polícia Federal sobre um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares envolvendo o presidente da Câmara. Congressistas da base bolsonarista veem uma ligação direta entre a operação e a tramitação da anistia.
Embora os deputados já tenham reunido assinaturas suficientes para garantir regime de urgência à proposta, Motta ainda não convocou os líderes para discutir o tema. A postura do presidente da Câmara contrasta com o início das articulações, quando ele teria pedido aos representantes das bancadas que evitassem apoiar o pedido de urgência.
Diante do cenário, uma reunião de líderes agendada para o dia 24 de fevereiro ganha contornos decisivos para o futuro da anistia. O encontro deve revelar o impacto das investidas do governo Lula, que nos bastidores, busca inviabilizar a proposta, com o receio de novas derrotas no Congresso.
Fonte: http://www.revistaoeste.com
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