O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), elevou o tom contra parlamentares da base aliada ao governo Lula que demonstraram apoio ao regime de urgência para o Projeto de Lei da Anistia. A adesão de deputados de partidos como MDB, PSD, União Brasil, Podemos e Republicanos gerou forte reação por parte do líder petista.

Lindbergh Farias se reuniu com o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), para analisar a lista de signatários do requerimento e identificar os emedebistas que o apoiaram. Bulhões, por sua vez, passou a cobrar explicações dos colegas de partido sobre o apoio ao projeto.

Apesar de o requerimento já ter ultrapassado as 260 assinaturas, superando o mínimo necessário de 257, Lindbergh Farias minimizou a garantia de votação em plenário. “Conseguir as 257 assinaturas não significa que o requerimento vai à votação”, ponderou o líder do PT, ressaltando que há inúmeros projetos em regime de urgência que aguardam pauta.

O líder petista argumenta que a defesa da anistia é incompatível com o apoio ao governo Lula. “As pessoas têm que definir se são governo ou não”, declarou Lindbergh Farias. Para ele, a aprovação de um projeto como esse poderia desencadear uma crise institucional no país.

“Se querem ajudar o governo, ou se querem jogar o país numa violenta crise institucional?”, questionou o parlamentar, cobrando responsabilidade e posicionamento claro dos partidos aliados em relação ao projeto da anistia. O embate expõe tensões dentro da base governista em torno de temas polêmicos.

Fonte: http://www.revistaoeste.com