O PSDB, buscando reverter seu declínio no cenário político nacional, está articulando uma fusão estratégica com o partido Podemos. A iniciativa visa reposicionar o partido tucano como uma alternativa viável em um ambiente polarizado entre as forças de Lula (PT) e Bolsonaro (PL).

Fontes internas indicam que o anúncio da união poderá ocorrer nas próximas semanas. A estratégia inclui, ainda, a formação de uma federação com o Solidariedade, visando fortalecer a presença política do PSDB e impulsionar seus recursos financeiros por meio do aumento do fundo partidário e eleitoral.

Apesar dos esforços, a iniciativa enfrenta resistências internas. Governadores como Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS) manifestaram preocupações sobre a estrutura do partido para futuras eleições, levantando a possibilidade de migração para outras legendas.

Em abril, Leite declarou em suas redes sociais que qualquer decisão sobre seu futuro partidário seria tomada após a conclusão do processo interno. Entretanto, há indicativos de que ele poderá se filiar ao PSD.

Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela, defende a iniciativa. Segundo ele, o PSDB está “prestes a construir um novo caminho para o centro democrático brasileiro e para os milhões de brasileiros que não se sentem confortáveis nem com o que representa o lulopetismo nem com o que representa o bolsonarismo”.

As negociações com o Republicanos não prosperaram devido à preferência deste em incorporar o PSDB, mantendo sua própria identidade. Por outro lado, o Podemos demonstrou maior abertura para colaborar com os tucanos em uma renovação programática.

Estudos internos apontam que a união entre PSDB e Podemos resultaria em um fundo partidário superior ao de MDB e PSD, oferecendo mais recursos para as eleições. Em termos de representação, a aliança poderia reunir 33 deputados federais, sete senadores e três governadores.

Fonte: http://www.revistaoeste.com