A gestão do prefeito Rafael Greca não fez a lição de casa e quem está pagando a conta é a população.

“Em Curitiba, a gente não fez a lição de casa. Não preparou leitos de UTI, não conseguiu fazer com que o transporte público não ficasse cheio, não conseguiu fazer testes em massa”, avalia ele, que em abril, chegou a encaminhar uma carta aberta a Greca, alertando para a gravidade da situação. “A gente pediu o aumento do número de vagas (de leitos de UTI) por hospital de campanha ou outros meios. Falou sobre a testagem em massa. Desde o começo todos os trabalhos científicos mostram que você só consegue controlar a doença testando a população. No Reino Unido estão fazendo 300 mil testes por dia”, aponta.

“Aqui em Curitiba, na rede pública, para você ter o resultado demora 7 a 8 dias. As pessoas fazem o teste, vão para casa, vão para posto de saúde fazer o teste de ônibus, voltam para casa de ônibus com covid positivo ficam esperando uma semana o resultado do teste, e a gente não está fazendo absolutamente nada para controlar a proliferação da doença”, considera João Guilherme.

Segundo ele, isso se reflete também nas medidas de fechamento do comércio tomadas recentemente pelo governo do Estado. “O que está acontecendo agora, essas restrições, só aconteceram porque infelizmente, o poder público aqui em Curitiba não foi eficiente no manejo, no controle e nas medidas de prevenção do Covid-19. A gente está enfrentando sim uma omissão da administração municipal”, critica. “O prefeito atual falava dessa questão da ave. Que tinha que cuidar da asa da economia e da asa da saúde. Na verdade ele deu um tiro no passarinho. Ele não cuidou da saúde e não cuidou da economia. A gente não tem nenhuma iniciativa para incentivar o comércio, ajuda às pessoas que estão passando dificuldades financeiras, tanto o empresário quanto o trabalhador”, observa.

Ação – Profissional bem sucedido, João Guilherme teve sua primeira experiência na política nas eleições de 2016, como candidato a vice-prefeito na chapa de Ney Leprevost (PSD), que disputou o segundo turno com Greca. “A gente não pode mais só ficar assistindo todas essas situações e só criticar. A gente tem que sair da indignação para a ação”, explica. Depois disso, chegou a ser convidado para candidatar-se a deputado em 2018, mas recusou, acreditando que a forma de fazer política dos partidos tradicionais não teria os resultados que ele esperava.

Mudou de ideia ao ser convidado a participar do processo seletivo do Novo, em que disputou a indicação de candidato a prefeito com outras 12 pessoas. “É um partido feito por pessoas comuns, não tem dono, não tem cacique. Quem está na direção do partido não pode ser candidato. É o contrário do que acontece nos outros”, afirma. “Nossos deputados federais estão entre os melhores, porque são os que gastam menos, não usam verbas de gabinete, cortam privilégios”, argumenta.
Outra diferença, aponta, é a não utilização de recursos públicos para campanha. “O Novo vive da contribuição dos filiados”, diz.

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