Um vídeo estarrecedor, divulgado recentemente, expôs um caso de agressão infantil em uma creche localizada em Torrejón de Ardoz, na região metropolitana de Madri, Espanha. As autoridades locais iniciaram uma investigação para apurar as denúncias e responsabilizar os envolvidos. O caso gerou grande comoção e revolta na comunidade.

As imagens mostram uma cuidadora agredindo uma bebê de um ano e meio. A agressão inclui empurrões contra a parede, gritos e alimentação forçada. A gravação foi feita por uma estagiária de 17 anos, que relatou que esse tipo de comportamento era recorrente na creche Cascanueces, que operava há mais de duas décadas.

Quatro mulheres, incluindo a cuidadora flagrada nas imagens, foram detidas temporariamente. Após a divulgação do vídeo, a estagiária entregou o material aos pais da criança, que prontamente acionaram a polícia. A cuidadora, duas outras funcionárias e a diretora da creche foram chamadas para prestar depoimento.

Apesar das evidências, todas as envolvidas foram liberadas após os depoimentos. A cuidadora admitiu ter se excedido, justificando suas ações pela pressão para que as crianças se alimentassem. “Alegou também enfrentar problemas pessoais e afirmou que a repercussão do caso prejudicou sua imagem pública”, conforme declarou em seu depoimento.

As investigações continuam para apurar a responsabilidade das outras funcionárias por possível conivência ou omissão. A diretora é acusada de saber dos abusos e não tomar providências. A prefeitura de Torrejón de Ardoz abriu um processo administrativo para apurar falhas na fiscalização e garantir a segurança das crianças, oferecendo transferências para outras unidades.

Moradores relataram que, nos últimos anos, a gestão da creche mudou e as janelas passaram a ficar sempre fechadas, aumentando as suspeitas. Pelo menos sete famílias procuraram a polícia relatando comportamentos estranhos e o medo que as crianças demonstravam da cuidadora. As mulheres envolvidas respondem por maus-tratos, omissão de socorro e conduta inadequada, estando proibidas de exercer funções que envolvam crianças.

Fonte: http://revistaoeste.com