Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral e aquele que recebeu seis tapinhas no rosto de Lula (PT), colocou para julgamento uma das 16 ações que correm contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no TSE. Na ação que foi deliberada para entrar em pauta, o PDT quer tornar o ex-presidente inelegível.

A Investigação Judicial Eleitpral (AIJE) pede punição por conta de uma reunião organizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada e 2022, onde reuniu dezenas de embaixadores e equipes diplomáticas, na qual falou sobre a urnas eletrônicas. O PDT alega que houve ‘abuso de poder político e econômico’ ao promover o encontro.

O TSE de forma liminar ainda em 2022, determinou a retirada das imagens do encontro entre Boslsonaro e os embaixadores.

Ao liberar o caso para julgamento, Gonçalves joga a iniciativa para o ministro Alexandre de Moraes, do STF e também presidente do TSE – e algoz de Bolsonaro. Segundo o entendimento de Gonçalves, ao reunir os embaixadores e criticar a urna eletrônica, o ex-presidente teria praticado abuso de poder político e de ter feito uso indevido de meio de comunicação. Isso porque a reunião com embaixadores foi transmitida e divulgada pela estrutura estatal.

Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes pautar a ação para julgamento.

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) em seu despacho antes da análise e determinação de Gonçalves – argumentou que a gravidade do descrédito no processo eleitoral, como disseminado por Bolsonaro, pôde ser verificada nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando “pessoas convictas de que as eleições haviam sido fraudadas” invadiram e depredaram a sedes dos Três Poderes da República.

Gonçalves em seu despacho alegou também que a minuta para interferir no resultado das eleições encontrada pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, teria conexão com as intenções do 08 de janeiro. As defesas de Torres e Bolsonaro negam as acusações e ilações.