Mongaguá, Panorama e Bocaina, municípios do estado de São Paulo, realizarão eleições suplementares no dia 8 de junho para eleger novos prefeitos e vice-prefeitos. Os eleitos cumprirão mandato até o final de 2028. A convocação ocorre após o indeferimento das candidaturas dos prefeitos eleitos em 2024 pela Justiça Eleitoral.
Em Mongaguá, aproximadamente 50 mil eleitores estão aptos a votar em 147 seções eleitorais distribuídas em 17 locais de votação. A nova eleição se faz necessária após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir o registro da candidatura de Paulo Wiazowski Filho (PP) em março. A decisão judicial teve como base a desaprovação de suas contas pela Câmara Municipal em 2012, quando ele também era prefeito.
O relator do caso no TSE, Ministro André Mendonça, entendeu que houve ato doloso de improbidade administrativa na desaprovação das contas de Wiazowski Filho, enquadrando-o em causa de inelegibilidade, segundo informações do TRE-SP. Wiazowski Filho e seu vice, Julio Cezar de Carvalho Silva Santos (PDT), haviam recebido 14.459 votos (42,47%) na eleição anterior.
Em Panorama, a candidatura de Edson de Assis Maldonado (Progressistas) também foi indeferida, em setembro de 2024, e a decisão foi mantida pelas instâncias superiores da Justiça Eleitoral. O motivo da inelegibilidade foi uma condenação por crime de falso testemunho. Mesmo com a extinção da pena em 2021, o prazo de inelegibilidade de oito anos previsto na Lei da Ficha Limpa ainda não expirou.
Por fim, em Bocaina, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) manteve, por unanimidade, o indeferimento da candidatura de Moacir Donizete Gimenez (Republicanos). A decisão se baseou em sua inelegibilidade decorrente da Lei da Ficha Limpa. Gimenez foi condenado por ato de improbidade administrativa praticado com dolo, má-fé, lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito de terceiros. Ele e seu vice, Darcy Marangoni (Republicanos), obtiveram 3.076 votos (48,39%) na eleição de 2024.
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