O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, nesta sexta-feira, firme apoio à Dinamarca em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos sobre a Groenlândia. A manifestação de solidariedade surge em resposta às repetidas declarações do presidente americano Donald Trump sobre o interesse em anexar o território autônomo dinamarquês, localizado no estratégico Ártico.
O apoio de Lula foi manifestado durante um telefonema com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, no qual discutiram o delicado contexto geopolítico atual e outros temas de interesse mútuo. A Dinamarca tem se mantido firme em sua posição, reiterando que a Groenlândia não está disponível para anexação, enquanto líderes regionais denunciam o que consideram “interferência estrangeira”.
Em meio a este cenário, o presidente Lula e a primeira-ministra Frederiksen demonstraram uma convergência de visões sobre a importância do multilateralismo. Ambos os líderes “concordaram com a importância da defesa dos princípios do multilateralismo, especialmente no que diz respeito ao livre comércio”, conforme nota divulgada pela Presidência.
A conversa também abordou as alterações tarifárias no cenário internacional, desencadeadas pelas políticas de Donald Trump, e a determinação de ambos os países em trabalhar juntos para a conclusão do acordo comercial Mercosul-União Europeia, um processo que se estende por mais de duas décadas. O Brasil assumirá a presidência do bloco sul-americano no segundo semestre, enquanto a Dinamarca estará à frente do Conselho da União Europeia.
Finalmente, Lula reforçou o convite para que Mette Frederiksen visite o Brasil no segundo semestre. O convite se estende à participação da primeira-ministra na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a ser realizada em Belém em novembro, e na Cúpula Brasil-União Europeia, cuja data ainda será definida.
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