Neste domingo feirantes do Largo da Ordem fizeram um protesto clamando pela retomada da feira que ocorre aos domingos.

Alguns feirantes que trabalham no Largo da Ordem, em Curitiba, organizaram um protesto pacífico, em frente ao Cavalo Babão, na Praça Anita Garibaldi. Os trabalhadores querem ser ouvidos pela Secretaria Municipal de Saúde e voltar a ter o direito de trabalhar, igual outras atividades do comércio que estão funcionando durante a pandemia.

“Durante toda a pandemia, em todos os decretos, os feirantes do Largo da Ordem não puderam trabalhar em nenhum dia. A feira do Largo não abriu em nenhum domingo. As feiras que puderam trabalhar são as feiras livres, que são as feiras verdes, que é a feira do abastecimento, e algumas feiras de artesanato de dia de semana. De domingo, que é o Largo da Ordem, não pudemos trabalhar nenhum dia. Estamos há praticamente 5 meses sem poder trabalhar”, comentou feirante Fabiano Neras.

A reivindicação dos feirantes acontece principalmente por causa da liberação de outros setores do comércio, de feiras livres de segunda à sexta-feira e pelo mais de 120 dias sem trabalhar. De acordo com Neras, o movimento no local não deve gerar aglomeração. “No Largo da Ordem é uma feira turística, como não estamos tendo turistas no momento, devido a pandemia, o movimento não será intenso”, contou.

Durante os mais de quatro meses sem poder trabalhar, os feirantes do Largo da Ordem receberam da Prefeitura de Curitiba a oportunidade de divulgar os produtos em um site. Entretanto, o resultado não foi como esperado.

“Teve a criação do site, por parte da prefeitura, mas esse site não tem muita visibilidade. Não traz nenhum retorno para os feirantes. Nós precisamos mesmo é poder trabalhar, poder fazer a feira. Claro que cumprindo todas as normas de segurança, como as feiras verdes hoje são feitas”, comentou Neras.

Ainda segundo o trabalhador, muitos feirantes vivem exclusivamente da renda obtida no Largo da Ordem. Com isso, famílias que querem trabalhar estão passando por necessidades.

Foi feito um levantamento pela secretaria municipal de turismo, onde 50% dos feirantes do Largo da Ordem tinham interesse em voltar a trabalhar. A feira é realizada há 40 anos na cidade e considerada patrimônio de Curitiba.

Enquanto a feira do Largo da Ordem não pode funcionar, as feiras livres de segunda à sexta-feira estão liberadas pelo decreto da Prefeitura de Curitiba.

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