O Ministério Público Federal (MPF) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU), que a corte obrigue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a devolver todos os presentes recebidos durante o mandato de 2019/2022. Só itens de extremo caráter pessoal estão isentos da medida. As informações são do Hora Brasília.

Em meio a essa iniciativa, foram destacados vários presentes prestigiosos recebidos por Bolsonaro, que incluem uma miniatura de um capacete de samurai e um quadro representando Jerusalém com o Templo de Salomão, presenteados por figuras internacionais de destaque, como o ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o ex-primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante ocasiões oficiais.

Lucas Furtado, procurador do MPF, em seu despacho, argumentou que no entendimento preestabelecido do TCU, “todos os documentos bibliográficos e museológicos recebidos, bem assim todos os presentes recebidos”, durante o período presidencial, devem ser integrados ao patrimônio da União, exceto itens particularmente pessoais, como vestuário.

O pedido também corresponde a um levantamento dos itens recebidos pelo ex-presidente ao longo da presidência. O pedido surge por meio da investigação que está sendo conduzida pela Polícia Federal (PF) – órgão que está sob comando do ministério da Justiça comandado pelo comunista Flávio Dino (PSB) – onde avalia o recebimento e o subsequente manejo de kits de joias vindos da Arábia Saudita, que, segundo relatos, não foram devidamente declarados às autoridades alfandegárias e podem ter sido vendidos no exterior por indivíduos próximos ao ex-presidente.

O tenente-coronel Mauro Cid está preso acusado de ter negociado as joias a mando do ex-presidente. Os supostas fatos ainda estão sendo investigados.