Mali, como é chamada pelo veterinários, foi encontrada às margens de uma rodovia do norte do Paraná com vários ferimentos. Tratamento em um hospital veterinário de Londrina durou quatro meses.

Uma oncinha parda encontrada com vários ferimentos em uma rodovia do norte do Paraná em junho deste ano, passou por tratamento em um hospital veterinário de Londrina e, na madrugada desta quinta-feira (14), foi transferida para o Zoológico de Curitiba.

A onça, que ganhou o nome de Mali, foi encontrada pela Polícia Ambiental às margens da PR-151, em Ribeirão Claro. A suspeita é que ela tenha sido atropelada. Os agentes levaram o animal ao Hospital Universitário Veterinário da Unifil onde ela foi tratada por quatro meses.

Mali foi submetida a um tratamento com células-tronco que vieram de um laboratório de São Paulo, e que foram cultivadas no Centro de Tecnologia Celular Animal (Medmep).

A instituição informou que foram aplicadas 10 milhões de célula-tronco, ou 0,4 ml, mas a onça parda ficou com sequelas neurológicas o que a impede de ser solta na natureza.

“A onça passou um tratamento inovador com células-tronco, apresenta uma grande melhora, mas ainda tem sintomas físicos como sequelas, e por isso a soltura dela na natureza não é indicada”, afirmou a chefe do Setor de Fauna do IAT, bióloga Paula Vidolin.

“Ela não tem coordenação motora adequada, tem tremores de cabeça e pequenos sinais de origem neurológica”, explicou a veterinária coordenadora do Hospital Veterinário da Unifil, Mariana Cosenza.

No Zoológico de Curitiba Mali continuará sendo acompanhada por veterinários para que o quadro de saúde dela evolua.

Durante o período de adaptação, a oncinha ficará em um recinto separado do demais animais.