Mulher alegou que estava sozinha com a criança quando percebeu os hematomas; laudo médico apontou que ferimentos foram causados em dias diferentes, caracterizando possível crime de tortura.

Na madrugada do último sábado (30), uma mulher foi até um hospital de Prudentópolis, na região central do Paraná, e alegou que o filho tinha hematomas e uma fratura no braço. Entretanto, não soube informar o que tinha acontecido. A criança de apenas 2 anos tinha diversas marcas na região da cabeça, nos braços e nas costas.

Após exames, os médicos constataram as lesões e acionaram o Conselho Tutelar. Diante da ocorrência, com a suspeita de agressão física contra a criança, as conselheiras entraram em contato com a Polícia Militar (PM). Os agentes de segurança colheram depoimentos com a mulher suspeita e decretaram a prisão. Conforme a Polícia Civil, a mãe foi autuada em flagrante por tortura. A Justiça, então, decidiu converter o flagrante em prisão preventiva.

Durante o depoimento, a mãe entrou em contradição diversas vezes e não soube explicar a origem dos machucados no próprio filho.

De acordo com o laudo médico, os ferimentos foram provocados em datas diferentes, o que pode caracterizar uma sequência frequente de agressões. Além disso, foi identificado um corte no couro cabeludo, que deve ter sido feito com objeto cortante. O exame no hospital também identificou uma fratura no braço direito da criança.

O caso corre sob segredo de Justiça. No entanto, a Polícia Civil informou que na noite de quinta (5), o padrasto da criança também havia sido detido. Os investigados devem ser indiciados pelo crime de tortura. O padrasto ainda será ouvido.

O menino não corre risco de vida e foi levado para uma instituição de acolhimento após receber alta, onde deve permanecer até o fim do processo.