Após o vazamento de imagens das conversas nada republicanas do senador Sérgio Moro (União-PR) reveladas pelo Estadão durante a sabatina de Flávio Dino na CCJ do Senado, onde supõe-se que o parlamentar teria votado a favor do esquerdista para o Supremo Tribunal Federal (STF), os bastidores políticos no Paraná ficaram agitados.

O “bochicho” entre importantes lideranças e grupos de política no Whatsapp é que o “deslize” de Moro, mais uma vez demonstrando pouca habilidade política, apesar de deter por momento o cargo de Senador, abre caminho para o deputado estadual Alexandre Curi se credenciar e ter um adversário a menos ao Palácio Iguaçu em 2026. Nesse período futuro, Moro ainda teria mais quatro anos no Congresso Nacional.

Antes do suposto flagrante das mensagens e dos abraços de Moro a Flávio Dino, os paranaenses mais conservadores acreditavam que ele seria um nome forte da direita para governador daqui a três anos. Depois da atitude vista em rede nacional, a repercussão negativa novamente “queima” a imagem daquele que era considerado um herói da Operação Lava Jato – fama que o galgou para o ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro e posteriormente, o levaram para o Congresso depois de desistir da candidatura a presidente da República em 2022.

Todo mundo se lembra de como Moro saiu do governo Bolsonaro, atirando para todo os lados e foi considerado um “traidor” e judas. Foi sua primeira “queimada” com os conservadores.

O eleitor de direita não esquece fácil de situações desastrosas como essa e não vai ter “Mestrão” que reverta. Diferente do eleitor da esquerda que apesar dos erros e indícios de corrupção dos seus líderes, vota pela causa.

Após esse escândalo e o cenário ficando mais aberto, Curi terá a missão de quebrar a bolha da classe política e se mostrar mais conhecido à população dos quatro cantos do Paraná, buscando por um apoio explícito do governador Ratinho Junior em 2026 – que provavelmente disputará uma cadeira no Senado.