Em decisão na noite desta quinta-feira, 17, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da sua esposa Michelle Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. O pedido vem da Polícia Federal.

Moraes também autorizou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicite auxílio do FBI, por intermédio do Departamento de Justiça dos EUA, para contribuir na apuração.

Segundo as investigações, embora Bolsonaro e Michelle não fossem o foco da recente operação das jóias, a PF alega que pode haver uma possível ligação de ambos com o caso, onde tem-se evidências do uso do avião público para transportar os bens destinados à venda nos EUA. Também haveria mensagens de uma entrega “em mãos” de US$ 25 mil a Bolsonaro.

O ministro que é desafeto de Bolsonaro, aponta que pode haver uma “determinação” do ex-presidente no esquema.
Por outro lado, a defesa do ex-presidente se posicionou afirmando que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”. Em nota, foi enfatizado que Bolsonaro, em março deste ano, devolveu ao Tribunal de Contas da União (TCU) joias como abotoaduras, anel, relógio e outros itens de luxo, “voluntariamente e sem que houvesse sido instado”.

Na sexta-feira, 11, aconteceu uma operação teve como alvos Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, tenente Osmar Crivelatti e Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro.